terça-feira, 24 de julho de 2012

Nome do blog mudou, link mudou, descrição mudou e anonimato mudou também.
Porque algumas mudanças são saudáveis

quarta-feira, 6 de junho de 2012


Querido Sanidade
Muito tempo já se passou e o gosto amargo da angústia ainda toma minha boca. Quantas vezes eu pensei em voltar atrás e chutar o balde, por que, afinal, pior do que está não fica. O máximo que pode acontecer é ficar na mesma situação: anestesiada, angustiada, completamente louca. E isso já se tornou algo costumeiro.
Mas eu sabia que não podia fazer isso. Eu sei o porquê, mas eu me esqueço dele agora. Eu me esqueço do porquê sempre que sinto a sua falta.
A esperança já está gasta de tanto usá-la como escudo, será que eu não devia, simplesmente, sair gritando verdades para todo mundo? Jogar pedras na sua janela até você aparecer e te dizer tudo que está corroendo minha garganta?
Porém o nó foi dado por mim mesma a cinco meses atrás, e eu garanti que ele estivesse bem firme para que eu não cometesse uma loucura como essa que estou morrendo de vontade de cometer.
Porque eu dei esse nó? Bom, não me lembro.
Eu sempre acho que a dor presente é a mais doída e nunca acredito quando me digo que a dor no futuro será pior se esta presente for curada.
Escrever “sinto sua falta, onde você está?” em um papel e te fazer receber seria perfeito se meus dedos não estivessem doendo. Meu corpo é instintivo e conhece bem os disfarces da dor. Ah, é tão difícil contorná-la. Ela é tão bonita a primeira vista.
Mas o que é mais difícil de aceitar é que fazer nada é o certo. Fazer nada sempre foi o errado pra mim, mas dessa vez é inquestionavelmente certo. Ou será que sempre foi certo? O certo virou errado ou o errado virou certo?
Não dá mais sem você. Volte pra mim.
Com amor, Insanidade.

Solteirices
Ontem eu percebi uma coisa que mudou minha vida. Ocorreu repentinamente, enquanto eu andava de ônibus. Estava confusa por algumas coisas que ocorreram e não entendia porque eu, logo eu, pensava tão diferente. Estava no final da minha viagem de ônibus quando esse pensamento veio a minha mente.
Eu não quero um namorado.
Parece uma coisa bem fútil de se pensar tanto. Mas só sei que, quando pensei isso, me abriu um sorriso no rosto e tive que repetir em voz baixa (talvez a senhora que sentava ao meu lado não entendeu) “Eu não quero um namorado”.
Não, eu não estou desesperada por um namorado. Ao contrário, não quero. Surpreendente, não é mesmo?
Algumas garotas se sentem EXTREMAMENTE pressionadas pela sociedade em ter uma cara metade aqui e agora. Talvez por que, em algum dia muito distante, alguém disse que precisamos de um namorado para alcançar o auge da felicidade. Bom, eu não preciso.
Eu sou feliz sem um namorado. Estou falando sério e não como uma desculpa para estar solteira. Se eu preciso de alguém que me conheça, tenho meus pais pra me dar colo. Se eu preciso conversar, tenho minhas amigas. Se eu preciso de um abraço forte, tenho meus amigos. Não que ter um namorado seja horrível: longe disso! Ter um namorado que amamos e que é importante para nós é muito bom. Mas o que temos que entender é que não temos que aceitar o primeiro pedido de namoro que aparece apenas por causa da pressão da sociedade. Ser solteira pode ser tão bom quanto não ser, apenas aprenda a ver desse modo:
Ser solteira te possibilita conhecer muita gente. Expandir suas amizades e te abrir para novas paixões. Porque ter várias paixões loucas é bom igual a ter um único romance. Você é quem decide o que vai fazer na sexta-feira a noite: sair com suas amigas ou ficar em casa, mergulhada em edredons, pipocas e filmes. Ser solteira é se deixar comer uns muitos chocolates a mais e depois fazer um jejum desesperado para a festa de sábado. É ousar na roupa, é dormir até mais tarde, é olhar aquele filme dramalhão apaixonado, tipo Titanic, do qual você esconde de todo mundo sua paixão. É exagerar na bebida, é começar uma nova dieta maluca, é ter picos de humor e não dever explicações a ninguém sobre eles. É por o som no máximo e sair cantando e dançando feito uma louca no seu quarto. É se arrumar pra ir pra escola e ir como uma mendiga para o shopping. É tirar um dia de férias do mundo todo: só você e você mesmo. É ter inspiração, é conhecer você e é melhorar-se.
E se você, por acaso, ainda não ama sua solteirice: digo a você que ser solteira te ajuda a, e é o primeiro passo para, encontrar um namorado.

"Inconscientemente, eu sempre acabo voltando para maio, para o início da melhor fase da minha vida. Inconscientemente, escolho músicas que me lembram de você e caminho por onde caminhamos juntos. Inconscientemente, eu abro minha gaveta, tiro suas cartas e as leio. Inconscientemente, me pego olhando para lugares vazios em minha casa onde você me beijou. Inconscientemente, sorrio com alguma lembrança boa sua e falo suas gírias. Inconscientemente, repito suas ações e escuto suas músicas preferidas. Gosto da sensação quando percebo que você ainda está em mim, e, para a minha alegria, essas sensações vem se multiplicando ultimamente, agora que já faz um ano. Apesar de eu ser a única que lembro isso."
Escrevi esse texto sem pensar uma vez, sem medir palavras. Cheguei a uma conclusão:
                                       Preciso de MU-DAN-ÇA, se é que me entendem.

Mais amor, mais tequila, mais feridas, mais música, mais loucura, mais amor. Mais é melhor.

A lágrima não é só de quem a chora
A lágrima não é só de quem a chora. A lágrima é de quem é o objeto que faz quem a chora chorar. A lágrima é do amigo que a limpa e é do consciente da pessoa que a chora. A lágrima é da raiva, da indignação, da tristeza. Da alegria.  A lágrima pode ser do seu acompanhante: o sorriso, o grito ou o lamúrio. A lágrima é do vento que a esfria, do sol que a aquece, da escuridão ou da claridade em que se encontra. A lágrima é do lugar onde acontece. A lágrima é do momento em que acontece. A lágrima é do lenço que a limpa. A lágrima é do planeta onde cai.
No fim, a lágrima é mais do mundo do que sua, e o mundo tem tantas lágrimas pra cuidar... Dezenas, centenas, milhares. Você não é o único que chora.
                               Limpe essa lágrima do seu rosto lindo e venha sorrir mais.

O pior desperdício de vida é:
Viver indo, mas não realmente viver.
Como um ônibus,
Que tem milhares de quilômetros rodados
Sem sequer sair da sua cidade.