quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


Antíteses
O mundo vazio de fora,
Pesa no mundo cheio de dentro.
O mundo cheio de dentro,
alivia o mundo vazio de fora

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Viagem.

O chão toca o sapato, que toca o menino, que toca o barbante, que toca a pipa.
A pipa toca o céu, que toca a nuvem, que toca o sol, que toca até a torre Eiffel.
A torre Eiffel toca milhares de sapatos, que tocam o chão, que tocam a França.
A França toca a Europa, que toca a Ásia e a África.
A África já tocou a América Latina. Que toca samba que tocam os ouvidos do menino.
Que toca o chão que toca o sapato.
E quando a gente se toca, já tocamos o mundo.

Metáforas enamoradas.

Amor é escansão. Paixão é verso livre.



Uma pequena historia de dentro da gente.

O coração não é tão pequeno quanto parece, lá mora tudo oque saturou e transbordou da cabeça. Olha que é muita coisa.
Dizem que são pedacinhos da nossa alma que cansaram de ser raciocinados e preferiram ser sentidos. São tantos pequenos pedacinhos, que acabam formando uma nova alma. Uma nova alma dentro da nossa própria.
Dizem que essa nova alma se chama Verdade, é uma mulher que se guarda e chateia tanto que ela só aparece quando a nossa alma de mentira se cansa de Verdade.
Assim, exausta e em sinal de protesto contra a Verdade, a nossa alma de mentira abre a boca e, em menos de um piscar de olhos, a Verdade malandra sai toda pra fora e trata de, ela mesma, tratar da nossa vida.
Nem sempre acaba bem.
A Verdade pode ser uma mulher traiçoeira. Ás vezes ela é até obscura. Por isso muitos têm medo dela.
Acho que ela é uma metida. E tenho dito. 

Jogo de palavras com fim triste.

Tudo que cresce, aparece.
Tudo que desce, desaparece.
Tudo que acontece, acresce.
Ou seria
Tudo que cresce, acresce.
Tudo que desce, aparece.
Tudo que acontece, desaparece.
Ou seria
Tudo que cresce, desaparece.
Tudo que desce, acresce.
Tudo que acontece, aparece.
Porém,
Tudo que parece, nada é.
E a rima?
Parecia que vinha, não veio.

Margarina derretida.

É a propaganda de margarina que todos sonham viver, com coração de manteiga (ou seria margarina?) derretida, a família olha (,sonha ou devora) a propaganda, comendo (,sonhando ou olhando)a  sua margarina, sem olhar nos olhos de seus filhos, sem olhar nos olhos de seus pais, olham nos olhos da felicidade inventada do falso mundo ensolarado da margarina ilusiva.


Se você ler o texto do título em voz alta...

Perceberá que rima.
Não era pra rimar. Mas é assim que se rima. É só traduzir tudo que pensar